terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ai que medooooo

Alguém pediu chuva?
Pois é, cá está ela!
Pensámos em ficar a tarde em casa a enchermo-nos de pipocas. Mas não. Fomos até aqui:



E entre outras 27 espécies, estava este "fofinho" - o sapo bufo!

Como é típico do "portuga" (e nós não fugimos à regra), quisemos ser dos primeiros a ver as felupudas tarântulas e a serpente albina. Claro que isso significou meia-hora na fila à espera e à chuva (nós prevenidos com chapéu, a maioria dos outros, mais resistentes, com o corpinho molhado de cima a baixo).
A exposição teria sido mais interessante se tivessemos um pouco mais de serenidade para observar cada um dos "venenosos" com calma. Mas os magotes de famílias que tentavam fotografar todos os bichos com fúria - como se eles fossem fugir, não o permitiram.
De qualquer forma, foi giro. Pareciam todos tão inofensivos. Desde os lagartos, aos insectos, passando pelas rãs azuis (cujo nome já esqueci), toda a minha gente passava "pelas brasas". Realmente eu faria a mesma coisa, de tivesse centenas de pessoas a olhar para mim e uma temperatura amena de 30 graus dentro da "toca".

domingo, 4 de outubro de 2009

Istambul dos mil sonhos


Normalmente, costumo escrever sobre os livros depois de os acabar de ler. Neste caso não é necessário! Ainda que só tenha lido sete dezenas de páginas, já dá para dizer que estou apaixonada pelos relatos do prémio nobel turco.
Ao longo das páginas de "Istambul" desfolhamos não só a vida escritor, como a vida desta cidade crescida nas margens do Bósforo.
Talvez por já ter visitado a Turquia e Istambul. Talvez também por ter, tal como Pamuk, passeado de barco pelo Bósforo e pensado que estava num sonho ao olhar para as cupulas das mesquitas, para os minaretes e para os pálacios à sua beira plantados...
Como diz Pamuk, Istambul é como a quisermos ver. E se ele a viu, durante a infância, como um filme a preto e branco, numa época em que a cidade era mais suja que limpa, era pior iluminada do que é hoje, em que as pessoas se vestiam roupas escuras e tristes...Eu, ainda que olhe para as fotos de época com que ele acompanha os textos, vejo-a como uma cidade colorida. Colorida os milhares de produtos à venda no mercado, colorida pelo movimento acelerado dos comerciantes nas ruas, pela sumptuosa riqueza da Mesquita Azul e pelo magnífico jardim do Palácio Topkapi...
Pontuação:5

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um coronel arrepiante


Já passaram algumas semanas desde que vi o "Sacanas sem Lei", o último filme do Tarantino. Mas não queria deixar de fazer aqui um pequeno apontamento, pois achei o filme genial.
Gostei particularamente da interpretação de Christoph Waltz, o actor austríaco que veste primorosamente a pele do coronel nazi Hans Landa. Este sanguinário, de boas maneiras agarra-nos ao ecrã do princípio ao fim. O júri do Festival de Cannes concordou comigo, pois atribuiu-lhe o primeiro para melhor actor!
A bonita Mélanie Laurent, que veste a pele da judia Shoshanna Dreyfus também vai muito bem no seu papel de vingadora.
Como não sou grande fã da cara laronca chamado Brad Pitt, acho que o papel de chefe dos "sacanas" ficou, muito bem, delegado para segundo plano.
Segundo li, parece que o realizador americano já andava há uma eternidade para conseguir fazer este filme. Por mim, o tempo despendido foi proporcional a qualidade da película.
Pontuação:5

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Entre o tolo e o chocante


Acho que foram 80 minutos de filme e não era preciso nem mais um...
Chamem-lhe comédia, se quiserem, mas foram poucos os momentos em que me apeteceu rir.
A nova personagem de Sacha Baron Cohen não me chocou, nem mais nem menos do que o anterior Borat. Como sempre, as características são levados aos pícaros do exagero e este Brüno não é excepção.
Achei o filme tolo porque este Brüno, repórter da TV austríaca, gay e fascinado pela fama é uma personagem tão parvamente irreal, que parece incrível como existiram americanos que deram o contra-ponto como "apanhados" às incursões de Cohen. Pelo mesmo motivo também o achei chocante.
Numa das cenas, Brüno faz um casting para encontrar crianças que integrem uma reportagem fotográfica com o filho negro (trocado num país chamado África por um i-pod). Ora, aos pais das crianças são pedidas coisas simples: "importa-se que seu filho apareça vestido de Hitler a carregar o meu filho num carro de mão para um forno?", "importa-se que o seu filho apareça cruxificado ao lado do meu?" Que não, respondem os pais. Como se lhes tivessem a pedir que os filhos comessem uma guloseima a mais ao lanche. "Pode fazer com que a sua filha emagreça meia dúzia de quilos numa semana?". "Vou fazer os possíveis", responde a mãe ansiosa. "Se for necessário, a sua filha poderá fazer uma lipoaspiração?". "Sim, tudo o que for preciso para ficar o trabalho?". Ah??!! Como??? Eu ouvi uma mãe responder uma coisa destas? A mulher estava sob o efeito de drogas ou era mesmo idiota??
Onde é que Cohen vai buscar estas pessoas????

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As relíquias e a salvação do mundo


Já não sei muito bem como é que este livro me veio parar às mãos.
Sei que foi oferta de uma revista, penso que A Sábado, há muitos meses atrás.
Não é que não tivesse muito mais literatura em casa para lêr...Mas decidi pegar nas 400 páginas de Gonzalo Giner.
A enredo gira em torno das relíquias cristãs e a crença eterna de que quem as possuir poderá dominar (ou mudar) o curso do mundo.
A acção é passada em paralelo no século XIII e na actualidade, com cruzadas, cátaros e templários.
Quem gosta destes temas e do mistério que ainda hoje encerram, gostará por certo deste livro.
Como não podia deixar de ser, também existe um romance à mistura e, neste caso, acho que a trama não foi tão bem conseguida. O desfecho pareceu-me bastante tolo e nada verosímil para personagens do século XXI.
Pontuação: 3

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Viagens alternativas



Voar na Vertical
"Os responsáveis da companhia aérea Ryanair levaram muito a sério a efeméride dos 200 anos da publicação d'A Origem das Espécies, de Charles Darwin, e decidiram que estava na hora de convidar os clientes a passar ao próximo estágio evolutivo: da posição sentada à erecta. Isso mesmo, a ideia é que haja lugares em pé nos voos de curta duração, a metade do preço ou até de graça. Segurem-se bem, porque a próxima etapa pode ser viajar pendurado no trem de aterragem ou de cabeça para baixo".

In, Revista Tabu (Jornal Sol), 17 de Julho, p.12

Eu já me fartei de rir!
É para rir não é?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quando a mentira deixa de ser doce


"Henna tinha treze anos quando foi jovialmente casada com o filho mais velho de uma das melhores famílias de Calcutá, e o seu casamento foi conseguido através de uma audaciosa teia de mentiras".

É assim que começa o livro da jovem paquistanesa Roopa Farooki e foi este inicio de livro e capa lindissima que me levaram a comprar estas 300 páginas de letras.

Não fiquei desapontada. A história intrincada de três gerações do Bangladesh a Londres, dos anos 50 à actualidade, está bem contada. Roopa Farooki tem uma escrita muito fluida e que foge aos lugares comuns das descrições de romances banais, dando-lhe um toque poético bastante interessante. As personagens têm uma alma, a história tem um enredo (sem bem que a meio do livro não pareça).

Acho apenas que o livro acaba bem demais, com todas as almas redimidas do seu purgatório de mentiras. Como se os defeitos do ser humano fossem tão facilmente transformados. Quem gosta de finais felizes vai ficar muito satisfeito :)
Pontuação:4