sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Entre o tolo e o chocante


Acho que foram 80 minutos de filme e não era preciso nem mais um...
Chamem-lhe comédia, se quiserem, mas foram poucos os momentos em que me apeteceu rir.
A nova personagem de Sacha Baron Cohen não me chocou, nem mais nem menos do que o anterior Borat. Como sempre, as características são levados aos pícaros do exagero e este Brüno não é excepção.
Achei o filme tolo porque este Brüno, repórter da TV austríaca, gay e fascinado pela fama é uma personagem tão parvamente irreal, que parece incrível como existiram americanos que deram o contra-ponto como "apanhados" às incursões de Cohen. Pelo mesmo motivo também o achei chocante.
Numa das cenas, Brüno faz um casting para encontrar crianças que integrem uma reportagem fotográfica com o filho negro (trocado num país chamado África por um i-pod). Ora, aos pais das crianças são pedidas coisas simples: "importa-se que seu filho apareça vestido de Hitler a carregar o meu filho num carro de mão para um forno?", "importa-se que o seu filho apareça cruxificado ao lado do meu?" Que não, respondem os pais. Como se lhes tivessem a pedir que os filhos comessem uma guloseima a mais ao lanche. "Pode fazer com que a sua filha emagreça meia dúzia de quilos numa semana?". "Vou fazer os possíveis", responde a mãe ansiosa. "Se for necessário, a sua filha poderá fazer uma lipoaspiração?". "Sim, tudo o que for preciso para ficar o trabalho?". Ah??!! Como??? Eu ouvi uma mãe responder uma coisa destas? A mulher estava sob o efeito de drogas ou era mesmo idiota??
Onde é que Cohen vai buscar estas pessoas????

1 comentário:

  1. "Pode fazer com que a sua filha emagreça meia dúzia de quilos numa semana?". "Vou fazer os possíveis" - olha que não sei se em Portugal, para uma novela da TVI ou coisa parecida, não nos arriscavamos a ouvir respostas semelhantes...

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